domingo, 19 de junho de 2011

É como se vivêssemos


É como se vivêssemos

Em uma realidade opaca e difusa,

Acobertada por momentos de paz e tormento.


É como se vivêssemos

Sendo acordados em meio à

Sonhos oblíquos e pragmatizados.


É como se vivêssemos

Refletindo uma imagem imperfeita

Em um espelho cristalizado pelas almas mais incomuns.


É como se vivêssemos

Gritando, pedindo silêncio

Ao eco da própria voz.


É como se vivêssemos

Clamando

Por uma gotícula de luz.


Elmo da Vinci Zaratustra


1 comentários:

Edu Lazaro disse...

É turva a vista do outro lado da cachoeira. Turva quando o gosto de um beijo mal dado, ou quanto o primeiro, na descoberta, ansioso. É turvo o olho no reflexo das águas agitadas. Qual a química que traduz a paz e a calmaria enquanto a previsão do tempo ainda vende tempestade? Sua poesia é muito boa!

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