domingo, 6 de junho de 2010

Confissões



As vezes, penso que nunca deveria ter saído do adestramento que me era imposto até meados do final da minha adolescência...

Eu era igual a todos. Ou melhor, a quase todos. E isso facilitava nas minhas relações interpessoais. Não que hoje eu não consiga me relacionar com os outros, mas, sinceramente, a lacuna formada pelo peso do ceticismo que carrego é maior que a minha antiga e suposta inocência. Hoje eu faço parte da minoria, e isso é complicado... Hoje eu faço parte daqueles que por azar do destino – destino... o que é isso? – pegaram um livro de filosofia, e assim como drogas se viciaram, e, então, começaram a aprender a questionar tudo que lhes cercam, do mais banal ao mais complexo, ou seja, uma interrogação sobre tudo e sobre todos. E com isso, essas pessoas, do qual faço parte, chegaram a conclusão, ou melhor, não chegaram a conclusão nenhuma, pois como Albert Einstein, e até o Dalai Lama, disse: "Não existe nada absoluto, tudo é relativo. Por isso devemos julgar de acordo com as circunstâncias." E, ainda, ter em mente que simplesmente acreditar em algo sem levantar uma indagação, meramente porque alguém disse, é uma tolice. Mas, também é uma tolice recreminar essa aparente ignorância.

Será que Epicteto estava certo ao afirmar que só a educação liberta? Entretanto, de qual educação ele estaria falando? Seria as dos intelectuais; essas que aprendemos nas instituições? Mas, será que essa educação sistemática realmente liberta, ou simplesmente aliena? Ora, é mais provavel que a segunda opção seja a mais coerente. Vivemos, e somos, alimentados a todo o momento por falsos caprichos, e por que não dizer falsos moralismos. Estamos a mercê de um sistema que nos manipula e que nos induz ao consumismo, a crenças, e ao mais alto degrau de desigualdades...
Ou será que ele estaria falando da educacão assistemática, essa que aprendemos de acordo com a nossa cultura e valores famíliares?
Porém, será que essa educação realmente liberta de alguma coisa? Afinal, de acordo com ela, somos encabrestados a permanecer estatualizados em uma “ideologia” abstrata e sem perspectiva de novos conhecimentos.

Desta forma, pressuponho que de uma forma de outra a pluralidade do conceito de educação e, sobetudo, liberdade, vai bem além do que posso imaginar. Por isso, meus nobres, assim como George Orwell disse, e eu para ter uma posição reafirmo: “Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir.” Completo ainda dizendo o que Massino Bontempelli disse: “A verdadeira liberdade é um ato puramente interior, como a verdadeira solidão: devemos aprender a sentir-nos livres até num cárcere, e a estar sozinhos até no meio da multidão.

...Pode ser até engraçado, mas o meu mundo, desde que arranquei o cabresto, gira em torno da relatividade e das pertinentes interrogações que insistem em me acompanhar.
Contudo, se pensam que estou arrependido, digo-lhes que não. Acredito que essa opção de seguir em meio aos caminhos das incertezas, de certa forma me consola e me deixa extasiado. E se me sinto só? Respondo que sim, mas só as vezes. Pois como já foi dito acima: “Devemos aprender a sentir-no livres até num cárcere, e a estar sozinhos até no meio da multidão.”

A normalidade, meus caros, como sempre digo, é uma ilusão boba e estéril.


Elmo da Vinci Zaratustra

5 comentários:

J. Diêgo S. Gomes disse...

Vou seguir...
Vou ler e reler outros "posts".

Tudo aqui parece ser interessante e discutível!

Não te darei parabéns para não fazer você ficar pensando demais e tentando encontrar motivos que me fizeram fazer tal congratulação.

Abraço!

Kah Inacio disse...

a cor das letras dificulta a leitura , mais eu achei muito interressante o post e gostei muito do blog *-*

http://www.blogescolhas.tk/

Unknown disse...

Feito pra mim!
Ficou acima de "Sonhos?" e "Fragmentos da ilusão".
Super foda, cara! Parabéns...

Anônimo disse...

Ótimo.
Uma deliciosa leitura. Um ótimo post!

Vou lhe seguir, voltarei aqui mais vezes!!!!
intée

Peter parker disse...

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